O preço do desmonte: por que o número de feminicídios cresce tanto no RS? (por UGEIRM Sindicato)

Apesar de o Rio Grande do Sul figurar entre os estados que mais reduziram índices de criminalidade no Brasil, essa sensação de segurança não alcança as mulheres que vivem na região. Uma reportagem do jornalista Vitor Rosa, da RBS TV, mostra que somente entre janeiro e outubro de 2025, 69 mulheres foram assassinadas, um aumento de 21% em relação ao ano anterior. As tentativas também cresceram: passaram de 189 para 226 – um salto de 19%.

Esses números, embora alarmantes, não surpreendem. Logo nos primeiros meses, 2025 já revelava a falência das políticas de proteção às mulheres no Estado. No feriadão de Páscoa, entre 18 e 21 de abril, dez mulheres foram vítimas desse crime, que decorre da condição de gênero e envolve violência doméstica, familiar ou discriminação. Mantido esse ritmo, o RS tende a seguir liderando, como já ocorre há dois anos, o ranking nacional de feminicídios cometidos contra mulheres que tinham medidas protetivas ativas no momento do assassinato, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança, realizado desde 2007.

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